boas vindas!

Boas vindas a você que resolveu ler essas linhas. Fico feliz em saber que de alguma maneira algo do que está aqui te agradou. Este blog é despretensioso e nele você poderá fazer seus comentários - que sempre serão bem vindos - concordar ou discordar, enfim se revelar, como estou me revelando através dele. Sou mulher, paulistana, sonhadora e tranquila. Gosto muito de cãezinhos, do mar, de chuvas grandes que molham tudo de uma vez só, da natureza e de pessoas. Poesia e esoterismo - principalmente Tarô - será o tema principal desse blog. Sua companhia em cada linha que eu escrever será um alento e um carinho, que recebo com alegria e agradecimento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O LOUCO

Os Arcanos Maiores do Tarot são complexos e simples ao mesmo tempo! Cada Carta tirada e aberta sobre a mesa revela e esconde tantas coisas.
Vou postar aos poucos poesias ou letras que lembrem cada Arcano Maior.
O que vocês acham de começar essa fase com o maior poeta de lingua portuguesa?

Poema de Fernando Pessoa (que retrata tão bem o Arcano 0 - O LOUCO):

"Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato."
Fernando Pessoa

terça-feira, 16 de agosto de 2011

tanto tempo ausente!

Tanto tempo ausente,  sem pedidos de desculpas e tomando juízo para
começar a escrever sempre.
Acho que vou postar algo que lí de Clarice Lispector , uma das maiores
escritoras que temos e que expressa muitas vezes como me sinto frente
ao Tarot, sem entender, porque é um aprendizado para toda a vida,
mas sentindo sempre que o não entender pode não ter fronteiras.
E ao olhar para as cartas do meu baralho sem entendê-las - apesar
de as vezes achar que as entendo - é a forma que encontrei de
alargar minha percepção.

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Clarice Lispector