começar a escrever sempre.
Acho que vou postar algo que lí de Clarice Lispector , uma das maiores
escritoras que temos e que expressa muitas vezes como me sinto frente
ao Tarot, sem entender, porque é um aprendizado para toda a vida,
mas sentindo sempre que o não entender pode não ter fronteiras.
E ao olhar para as cartas do meu baralho sem entendê-las - apesar
de as vezes achar que as entendo - é a forma que encontrei de
alargar minha percepção.
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Clarice Lispector
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